The end of the f***ing world
vanita
É com misto de sentimentos que vos digo: vejam a nova série da Netflix, “The end of the f***ing world”. Misto porque, ao mesmo tempo que me apetece espalhar a novidade, queria muito guardá-la só para mim. Esta é uma série juvenil, para maiores de 16 anos, cómico-trágica, com apenas oito episódios de cerca de vinte minutos cada. Perfeita para binge-whatching, ou para ver à hora de almoço, enquanto se devora a marmita. É tudo tão bom que parece mentira. Sabem quando têm de parar a série para passar o Shazam, porque têm mesmo de saber quem toca aquela música? E quando isso acontece em todos os episódios, mais do que uma vez? É o que se passa com esta série, que tem as melhores personagens de sempre, dois adolescentes meio psicopatas e criminosos que não conseguimos deixar de adorar, não dá para ser de outra forma. Vemos o guião desenrolar à nossa frente e pensamos na ternura do filme “Juno”, lembramo-nos das corridas loucas de Bonnie and Clyde, horrorizamo-nos quando percebemos que são mesmo estas histórias de vazio e tristeza que caracterizam o início do século e que é esta ideia de falta de esperança que vamos transmitir a quem olhar para nós daqui a vinte anos. TEOTFW cativa-nos por ser chocante, distópico e, ao mesmo tempo, tão simples e terno, a última palavra que nos lembraríamos de associar a esta história. Estou rendida e na fila para a segunda temporada. Fica a dica.