Sobrevivi
vanita
Este ano renunciei à Casa dos Segredos e sobrevivi. Terá sido o primeiro reality show de horário nobre da TVI que não acompanhei desde o início desta era, em 2000, mas foi uma experiência proveitosa, sem qualquer mossa, ao contrário do que previa. Extinguido o dever profissional, continuei sempre a acompanhar os programas por hábito e por estarem incluídos na minha zona de conforto. Conheço os estúdios, os interveninentes, as histórias e estratégias como as palmas das minhas mãos. Assistir aos programas de domingo à noite era como visitar a família, mas este ano cortei o cordão o umbilical logo com as primeiras histórias da semana inicial. Não me interessam os problemas dos concorrentes vazios e fúteis que têm vindo a ser escolhidos e, para mim, a ausência de personalidades que me desafiassem matou o fascinio que sentia pelos reality shows. Chegou o fim do ano e consigo dizer, sem vestígio de arrependimento, que não vi a Casa dos Segredos e, mesmo assim, sobrevivi. Se também deixaram de se identificar com os dilemas daqueles meninos e meninas da noite, experimentem. Pode dar-se o caso de darem o tempo ganho por bem empregue. Quem sabe?