Ser Sporting
vanita
Sou da geração sem títulos. Foi preciso chegar aos 21 anos para sair à rua de cachecol em riste e perder-me na loucura de uma festa pela vitória no campeonato. Diziam-me que isto já tinha acontecido, quando ainda tropeçava nas fraldas, mas foi aos 21 anos que festejei pela primeira vez. Há anos que torcia pelo Sporting. Sou, por isso, da geração sem títulos. As auguras das não-vitórias não matam o amor e dedicação que sinto pelo clube a que dedico o meu coração. Massacram, desmoralizam, desmotivam e fazem-me dizer asneiras como gente grande - eu, do alto deste metro e meio - mas também moldam a convicção com que encaro o compromisso. Ser Sporting é acreditar, mesmo quando não há luz ao fim do túnel. Ser Sporting é ter um emblema estampado, mesmo quando ninguém o vê. E é rugir com gosto, quando nos é dada essa oportunidade. Porque é sempre merecida. E sofrida. É sempre saborosa.