Sei o meu valor
vanita
Quando leio algumas das ideias que aqui fui escrevendo ao longo dos anos sinto saudades da pessoa que fui. Não de todas, fui várias em todos estes anos, mas desta final, mais interventiva, sem papas na língua, muito consciente do mundo que a rodeia e com ideias que revelam boa conduta moral. Não digo isto em forma de autoelogio. Até porque, a ser um elogio, seria em relação a essa pessoa do passado onde já não me reconheço totalmente. E é mesmo esse sentimento que me retira do marasmo de não escrever posts. Ninguém nos avisa disto. Ninguém nos diz que, depois de tudo, também nos cansamos e baixamos os braços, ninguém nos conta que há uma altura em que as coisas deixam de ter importância, ou, melhor explicado, deixamos de nos esforçar e optamos por um lugar à retaguarda. Não sei se é dos 40 (e picos), mas a verdade é que já não tenho paciência para guerras, lutas e combates. Sei, finalmente, o meu valor e estou pouco interessada para o que os outros pensam. Mesmo que doa, não me toca. Cada um é responsável pelas suas próprias atitudes e eu apenas me preocupo com as minhas.