Morte ao Facebook
vanita
Por mim, matava o Facebook. Quem me conhece não acredita que eu pense isto, mas a vontade de apagar a minha conta todos os dias me passa pela cabeça. Estou cansada da ditadura das redes sociais e das falsas notícias, relações e verdades que por ali passam, mas não consigo deixar de me envolver, por mais que me esforce. E porquê? Porque parte do meu trabalho passa pela gestão das redes sociais da minha empresa, porque o FB é a melhor fonte de contactos - pelo menos uma das mais imediatas - e porque, há que admiti-lo, me tornei viciada em posts e notificações. Qual agarrada, daria tudo para largar este vício que, como todos, não é minimanente saudável.
Se inicialmente as redes sociais foram um alívio para pessoas mais introvertidas como eu, que não gostam de sair todos os dias e, assim, encontraram forma de se manter em contacto com os amigos, agora começam lentamente a mostrar o revés da medalha. Quem não saía, sai ainda menos e, surpreendentemente, as redes sociais não substituem os amigos nem as saídas para pôr as conversas em dia. Pior, as redes sociais inquinam as relações, são fonte de conflitos e mal entendidos, geram invejas e maus sentimentos e, inesperadamente, afastam as pessoas.
O melhor de dois mundo seria uma utilização racional das redes sociais, mas quando um produto se massifica a razão é imediatamente esquecida. É radical, mas todos os dias desejo a morte ao Facebook. Ou à parte doente dele.