Já vi a terceira temporada de Narcos
vanita
Está noite, foram quatro episódios de seguida. Só consegui parar quando a temporada chegou ao fim. Desenganem-se, por isso, os cépticos como eu que pensavam que, com a morte de Pablo Escobar, a série perderia ritmo e interesse. Dizem que a culpa é do produtor Jose Padilha e, de facto, confirma-se. Ficamos agarrados à trama e ao ritmo alucinante dos acontecimentos. Mérito do guião e da montagem das cenas. E sim, também há episódios menos bons, secantes até. O primeiro embate com esta temporada começa logo pela ausência do agente Murphy, a grande voz das duas primeiras temporadas e, para mim, suficiente para me agarrar ao ecrã. A presença do português Pêpe Rapazote não desilude mas não chega para o vazio que se instala nestes primeiros instantes. Ainda andamos ali uns episódios à procura de um novo caminho, agora em torno do Cartel de Cali. E há que dar os parabéns à equipa de guionistas que, depois de duas temporadas centradas numa figura ímpar e muito forte, optou por, subtilmente, mudar o foco da história. Não quero contar mais do que devo mas damos por nós a seguir histórias de personagens bem diferentes da que marcou o início da série. Com suspense, angústia e reviravoltas que nos prendem até ao episódio final. Pablo Escobar é único é inigualável mas, posso garantir, não sentimos a sua falta. Venham os cartéis do México e mais uma temporada.