InstaStories: o novo BigBrother Famosos
vanita
Ainda não vi ninguém a dormir mas também cheguei a isto há pouco tempo, é possível que já tenha acontecido. Com o InstaStories demos a famosos e anónimos o palco da sua própria vida, tal como no ano 2000 abrimos a porta à vida dos comuns mortais, com a estreia do Big Brother, na TVI. O princípio é o mesmo: pelo menos, da parte dos voyeurs. Espreitar pelo buraco da fechadura, observar vidas alheias e, em última instância, identificar semelhanças e pontos de interesse com a nossa própria vida. E é o que se vê, sobretudo em famosos e caras conhecidas. Andam de telemóvel em riste, em constante apresentação a um grupo que valida os seus passos com visualizações, likes e comentários. E o que fazem eles? Comem, vestem-se, fazem desporto e vivem o seu dia-a-dia, mais ou menos vulgar. Fazem tudo isto com o telemóvel na mão, enquanto representam o papel de apresentadores das suas próprias vidas. O maior dos mimos para os fãs, que se sentem cada vez mais próximos e lhes conferem notoriedade, tão necessária como o ar que respiramos hoje em dia. É um mundo fascinante que permite uma mão-cheia de análises e interpretações. Hoje apetece-me apenas deixar uma: não é possível multar à distância? Uma percentagem vergonhosa dos utilizadores destes serviços - o InstaStories é só um exemplo - filma e publica enquanto conduz! E isto, por inacreditável que pareça, parece ser um comportamento aceite por unanimidade, sem qualquer tipo de indignação. Fariam melhor se estivessem a dormir.