Morreu Carlos Ruiz Záfon
vanita
Eternamente grata pelo cemitério dos livros esquecidos.
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vanita
Eternamente grata pelo cemitério dos livros esquecidos.
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Hoje é o dia das melhores amigas e, de repente, apercebo-me do que já sabia mas que, agora, assume maior dimensão: não tenho melhores amigas. Tenho amigas, pessoas em quem confio e com quem sei que posso contar. Pessoas que sabem que têm em mim um apoio inquestionável sempre que é preciso. Tenho essas pessoas na minha vida e, talvez por isso, o facto de não ter “melhores amigas”, apesar de desolador, não me deprime. Nunca gostei da distinção entre amigos. Conheci quem tivesse amigos verdadeiros e os outros. Só a alusão causa-me arrepios. Não gosto de gavetas. A possibilidade de errar impede-me de categorizar as relações sem deixar portas abertas. Preciso de espaço para crescer e evoluir sem fronteiras predefinidas. Há amizades que crescem e que definham, outras há que se esfumam, há pérolas que se descobrem com o tempo. As possibilidades são infinitas. É por isso que não tenho melhores amigas. Vou tendo. Sei com quem posso contar e, se em determinado momento não puder, não me deixo contaminar pela amargura. Faz parte, a vida é mesmo assim, feita de encontros e desencontros, altos e baixos. Não é um drama, apenas um rio que corre. Talvez tenha sido essa uma das (muitas) razões por que não quis damas de honor no meu casamento. Lá seria capaz de hierarquizar as minhas amigas? E a maldade que é fazê-lo? Quão cruel pode ser um gesto desses se, do outro lado, fica alguém que, naquele momento, nos quer mais do que considerámos na altura? Amigas são amigas. Todas têm um espaço importante, cada uma à sua maneira, cada uma com uma parte de mim que é só delas. Poder-se-ia dizer que esta forma de ver a vida é um tratado de amizade, claro. Mas não retira aquela pequena pontada de admitir que não, não tenho melhores amigas.
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