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caixa dos segredos

Bocados de mim embrulhados em palavras encharcadas de emoções. Um demónio à solta, num turbilhão de sensações. Uma menina traída pelas boas intenções.

31
Ago17

Mimos à mão, da Lita Handmade


vanita

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A minha mãe é a pessoa mais talentosa que conheço. Faz trabalhos manuais - crochet, trictot, renda, costura, ponto de cruz, arraiolos... e sei lá mais o quê! - apenas por diversão e tudo lhe sai maravilhosamente bem. Agora resolveu mostrar ao mundo o que faz e criámos uma página para quem estiver interessado em fazer-lhe pedidos. Está no FB e aberto aos vossos pedidos. Basta enviarem mensagem. É tudo feito com amor. E com garantia de qualidade. Sou eu que a dou.

31
Ago17

Lady Di, a Princesa do Povo


vanita

Lembro-me da mini-saia e da blusa que tinha vestida quando cheguei a casa naquela noite quente de Agosto. Lembro-me que cheguei bem tarde - mais de manhã - e de ter ficado em estado de choque. Na televisão dizia-se que a Princesa Diana, Lady Di à altura, tinha morrido em Paris, num acidente carro. Foi como se o mundo tivesse congelado naquele momento. Eu tinha 18 anos e ainda não sabia que era possível haver reviravoltas deste tamanho no decorrer da História. A Princesa do Povo, como lhe começaram a chamar logo de seguida, era uma das personagens principais no guião que se escrevia por aqueles tempos. O género George R. R. Martin ainda não se tinha popularizado e a morte, aos 36 anos (!), de uma das figuras mais emblemáticas de sempre não cabia no entendimento que tinha do mundo. Faltava pouco para o nascer do sol mas lembro-me que já não consegui dormir. As notícias ainda eram baseadas em rumores e senti que, se adormecesse, estava a aceitar que o pesadelo era mesmo verdade. Uma angústia que se enrolou durante uma semana, o tempo que decorreu até ao funeral, e ficou travada num nó na garganta em dois irrepetíveis momentos: na voz embargada de Elton John a entoar o "Candle in the Wind" e quando William e Harry acompanharam pelo próprio pé o cortejo fúnebre da mãe. Um desgosto espelhado no envelope endereçado à "Mummy" por cima do caixão da Princesa Diana.

 

Adenda: Das coisas curiosas: num hospital em Paris, nessa mesma noite, nascia uma prima minha.

30
Ago17

Rápidos no gatilho


vanita

Um dia destes encontrei um cartão do cidadão de um miúdo a caminho do comboio. Percebia-se perfeitamente que tinha acabado de cair ao chão, mas não consegui localizar o dono. A estação estava vazia, tinha acabado de sair um comboio. Acto imediato, penso que o melhor era publicar a foto do cartão no FB, para chegar mais rapidamente ao dono. Convém aqui explicar que quem entra por aquele lado da plataforma não passa pelas bilheteiras, pelo que, ir lá deixar o CC seria desviá-lo completamente do caminho que o dono tinha feito. Foi uma experiencia alucinante. No caminho até ao emprego aconteceu de tudo na minha página de FB. Desde amigas que rapidamente encontraram o perfil do dono, coisa que eu ali, limitada ao telemóvel, ainda não tinha conseguido fazer, a conhecidos que se apressaram a partilhar a mensagem nos seus murais, por serem ali da zona e, nunca se sabe se não está mais perto do que imaginávamos, a quem não tenha perdido dois segundos que fossem para começar a criticar: que devia ter deixado o cartão na bilheteira; que tinha de ir JÁ à polícia; que tinha de apagar os dados do cartão. Ouvi de tudo e, ao mesmo tempo que resolvi o caso, também apanhei uma camada de nervos. Acusaram-me de tudo o que foi possível em 40 minutos, com uma rapidez e desenvoltura que me fez repensar a dimensão destas discussões parvas que todos temos nas redes sociais. Porque sim, de uma maneira ou de outra, todos tinham a sua quota de razão. Mas poucos foram os que pararam para pensar que: 1) o mundo não se move à velocidade de likes e comentários; 2) as pessoas têm uma vida e não vão assim para a esquadra da polícia entregar cartões do cidadão quando estão a caminho do trabalho; 3) quando alguém está a tentar ajudar, criticar vale de muito pouco. Atrapalha, até. Em menos de uma hora tudo foi resolvido, é certo. O post foi apagado, o cartão foi entregue e ninguém saiu a perder. Só a sanidade de quem acha que está a fazer uma boa acção. É que hoje em dia, somos todos muito rápidos no gatilho.

25
Ago17

Não há insubstituíveis


vanita

Empalideci na primeira vez que ouvi esta expressão. Saiu com naturalidade da boca de uma superior e senti-me imediatamente posta em causa. A mim, que não podia ser melhor profissional. Não demorei muito a entender o verdadeiro teor desta frase e, desde então, tem sido o mantra da minha relação com o mundo do trabalho. Não há insubstituíveis. Por melhor e mais determinantes que sejamos, por mais excelente e único que seja o resultado do nosso esforço, o mundo continuará a girar se lhe faltarmos. E mesmo que, eventualmente, se dê pela nossa falta, nunca será por muito tempo. Por isso, como exercício de final de semana, vamos todos repetir mentalmente: não há insubstituíveis, não há insubstituíveis, não há insubstituíveis. Não é uma sentença, é um modo de vida. Que, garanto, nos deixa a todos mais tranquilos. 

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