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caixa dos segredos

Bocados de mim embrulhados em palavras encharcadas de emoções. Um demónio à solta, num turbilhão de sensações. Uma menina traída pelas boas intenções.

30
Dez16

Leituras 2016


vanita

Quando 2015 me depositou 2016 no colo, eu sabia lá que me ia casar? Por isso fiz planos: ler, no mínimo, um livro por mês. Restringir as minhas escolhas apenas a autoras, mulheres. Foi bonita a intenção mas Fevereiro mudou os planos e, não estivesse já a terminar tetralogia da Elena Ferrante e iam ver se a tinha lido assim tão depressa. Uma pessoa pensa que não, mas os preparativos de um casamento metem-se na rotina do dia-a-dia e roubam mais espaço do que seria de imaginar. Pois, valeu que esses quatro livros foram lidos de rajada antes de sonhar que estava a meses de me vestir de noiva. Foi o que me salvou a média de livros que queria atingir. Durante meses não li uma página que fosse. Este pobre blog, coitadinho, definhou até se ver os ossinhos das costelas e eu feliz e lampeira noutros fóruns que me roubaram atenção durante meses. Dei a coisa por perdida e deixei a frustração voar nas nuvens fofinhas do noivado. Tanto que, na lua-de-mel quebrei a promessa: li autores que não usam saias. A heresia. Mas o desafio já nem fazia sentido. Ainda assim, com o regresso à rotina, a chama voltou a ganhar vida. Nunca poderia imaginar, mas as leituras femininas do século XIX entusiasmaram-me quase tanto como a amiga genial da Ferrante. Quem diria? Em menos de nada, estava de volta ao combate. Com um bocadinho de boa vontade e cumpria a meta de ler doze livros em 2016. Estava quase e tão perto que é triste dizer que falho por menos de 100 páginas. Quem me mandou escolher um livro que dá pelo nome de "Sono Crepuscular"? Estava há imenso tempo na lista de espera, mas dá-me vontade de dormir de cada vez que lhe pego. O que me leva à minha nova aposta. Em 2017 tentarei (não prometo) ler apenas os livros que andam cá por casa. São mais de doze, por isso não é grave. E não me parece que volte a casar nos próximos meses. Veremos e vocês, com sorte, lerão.

29
Dez16

2016 e a morte


vanita

Há sempre alguma coisa de positivo em todas as lições de vida. Há tempos - em 2014, diz-me o blog -, escrevi sobre o facto de a vida urbana e quotidiana ignorar a morte. A morte não existe, constatava eu a 10 de Dezembro desse ano. Se algum mérito podemos atribuir a este que já é chamado de annus horribilis, é o de a morte de tanta gente conhecida e famosa nos fazer pensar sobre a nossa existência efémera. A nossa passagem por aqui é temporária e passageira e, embora o ritmo alucinado de quem está sempre em contacto com o mundo e as redes sociais não o faça prever, acontece sem aviso, a qualquer momento. Não necessariamente em 2016. Termos consciência disso é o que de positivo podemos retirar deste ano. 2016 devolveu-nos (a ausência d)o sentido da vida. Que não façamos disto mais um scroll down no feed de notícias.

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