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caixa dos segredos

Bocados de mim embrulhados em palavras encharcadas de emoções. Um demónio à solta, num turbilhão de sensações. Uma menina traída pelas boas intenções.

27
Out15

Arquipélago, de Joel Neto


vanita

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Ler «Arquipélago» é viajar até aos Açores pela mão de Joel Neto. É penetrar no azul imenso, respirar no calor afogueado da atmosfera marítima, com cheiro a enxofre, e enveredar pela imensão de verde que se confunde com todas as cores. «Arquipélago», de Joel Neto, é uma ode aos Açores, um hino de luxúria, um abraço de gratidão e alegria que se bebe sem pressa, com o descanso de quem chegou onde pertence. Não somos nós que chegamos a casa, é Joel Neto que nos conduz neste regresso personificado em José Artur. Um regresso que, mais que da personagem, é do autor e também um pouco nosso, que nos misturamos com o que Joel Neto nos transmite. Caminhamos nos passos de Joel Neto - de José Artur, perdão! -, fumamos os seus cigarros e contemplamos com os seus olhos. «Arquipélago» é um reencontro com as nossas raízes e com o passado. É um pedido de perdão e a reconciliação connosco. Vamos pelas mãos do autor, mas seguimos a nossa própria viagem, com enlevo, pacificados. 

23
Out15

A democracia anda pelas ruas da amargura


vanita

Se há argumento que não aguento mais ouvir é o de que, se soubessem que António Costa tentaria uma "coligação", os eleitores que votaram BE e PCP nunca o teriam feito. Além de revelador de ignorância quanto ao objectivo de voto e funcionamento do parlamento, este argumento põe em causa a inteligência de quem votou, possivelmente até, com este mesmo propósito. Pela primeira vez, em 40 anos de democracia, os votos do povo obrigam a entendimentos para governar e isto é um caminho para o amadurecimento da política em Portugal, ao contrário do que hábitos e costumes de quem está habituado a um país pouco plural podem fazer crer. Isto não é uma liga desportiva, esquerda e direita não são clubes de futebol e não há regras quanto a golos e percentagens. Os deputados eleitos governam de acordo com a legitimidade que os votos dos eleitores lhes conferem. Neste momento, o partido com mais votos não tem força suficiente para impor as suas medidas porque a força contrária os impede, por decisão dos portugueses. Portanto, se pudermos deixar de desvalorizar intenções de voto, já estaremos no caminho certo. A partir daqui, há que saber governar, se possível, sem o espectáculo anti-democrático e de intimidação que se tem assistido.

21
Out15

Regresso ao futuro


vanita

back-to-the-future-facts.jpg

 

Hoje vejo-me no pátio da casa que já foi demolida, de fato de treino luzidio e enroscado como se usava em 1989, com os meus manos e primos, a brincar com a gataria que por ali rondava, enquanto comia pão com manteiga e bebia leite com ColaCao. Incrível o poder do cinema para marcar memórias. Hoje tenho 10 anos e imagino que ter 37 é irreal. Melhor, não consigo sequer imaginar, até porque, ainda não está provado que o mundo não acaba na passagem para o ano 2000. Hoje sou uma menina que vê o "Agora Escolha" e vibra com os filmes alugados no clube de vídeo, em VHS. Hoje tenho todos os sonhos do mundo, mas pouca pressa de lá chegar. Hoje, como então, sei que era feliz naquele momento, rodeada de manos e primos. Ficou cristalizado para sempre. Com Doc e Martin McFly ao nosso lado. Sê bem-vindo, Martin, e, no regresso, leva beijos meus. Promete que tudo vai correr bem. Porque vai.

 

21-10-2015 16:29

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