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caixa dos segredos

Bocados de mim embrulhados em palavras encharcadas de emoções. Um demónio à solta, num turbilhão de sensações. Uma menina traída pelas boas intenções.

21
Abr15

De nenúfar em nenúfar!


vanita

Que o SAPO é uma casa onde nos sentimos acolhidos, não há qualquer dúvida. Que os destaques nos fazem sentir especiais e com mais apreço por esta coisa dos blogs, é impossível desmentir. Mas o melhor de tudo, o melhor mesmo, é que a equipa desta casa tem sempre mais um mimo escondido na manga. Agora criaram o Blogs Quentes, um blog onde podemos acompanhar os posts mais comentados do dia anterior, para que nada nos falte. Belo pulinho!

20
Abr15

Não te esqueças de ir ao pão!


vanita

Quando era miúda e as férias grandes se estendiam preguiçosamente por tantos anos que chegavam a durar mais de três meses, o tempo corria com o vagar do pôr-do-sol estival e a minha mãe incubia-nos de uma uma simples missão: tínhamos de ir ao pão. Largados às tarefas de manter ceifados os campos das redondezas, que nunca viam as ervas daninhas vingar dada a correria que por ali se dava, e de assegurar que os figos e amoras silvestres eram colhidos e comidos a tempo de dar lugar lombrigas na barriga, apenas nos pediam que encontrássemos espaço para levar a bicicleta a casa da senhora que cozia o pão no forno a lenha e trazê-lo de volta para casa. Ficava a pouco mais de 800 metros, talvez chegasse mesmo ao quilómetro, era perto e o caminho fazia parte do perímetro de segurança que delimitava a nossa infância. Todos os dias jurava que ir ao pão seria a primeira tarefa do dia. Todos os dias via a minha mãe regressar do trabalho e percebia que me tinha esquecido do pão. A senhora do pão azucrinava-nos o juízo com as nossas falhas - que o pão se estragava, que ficava duro, que não valia a pena cozê-lo e não sei que mais. Mais eram os dias em que trazia um saco com dois pães - o de ontem e o de hoje - pendurados no guiador da BMX azul, do que aqueles em que cumpria a tarefa com a precisão a que me propunha todas as noites. O tempo passou e, ainda hoje, me lembro que devia ir ao pão, cumprir uma tarefa que ficou por fazer. 

Isto para vos dizer que há uns três anos que comprei uma bolsinha para levar as chaves à cintura. A ideia é aderir ao running, sair de casa e ir caminhar, adoptar uma vida saudável. Todas as semanas planeio e defino estratégias, mapas e truques. Quando tiver 80 anos virei cá contar-vos esta história, em tudo semelhante à do pão. Pode ser que nesse dia não me esqueça. 

14
Abr15

Siddhartha, de Hermann Hesse


vanita

siddhartha.jpg

Escrito pelo Nobel alemão Hermann Hesse, Siddhartha é um pequeno livro apresentado como um poema indiano. Talvez conto fosse uma melhor classificação. Este livro fazia parte da minha lista de livros-que-tenho-mesmo-de-ler há muitos anos e, agora que já o li, acredito que o devia ter feito quando era mais nova. Trata-se de uma história aparentemente simples, contada em pequenas frases, cheias de significado. Através da personagem que dá nome ao livro, Siddhartha leva-nos a percorrer várias fases do crescimento humano, tendo por base muito do que o autor apreendeu numa pequena viagem à Índia. O que há para não gostar? Nada e tudo. O crescimento humano é único e exclusivo. Cada homem tem de trilhar o seu próprio caminho e cometer erros há muito identificados pelos que o precedem para empreender uma evolução espiritual e de personalidade. Esta lição está bem patente neste livro. No entanto, os ensinamentos soam de forma impositiva, o que me desagradou, embora admita que seja defeito de leitura meu. Talvez esteja numa fase arrogante do meu desenvolvimento como ser humano, ou então, talvez esta não fosse a altura ideal para me render à história de Hermann Hesse. Talvez noutra fase da minha vida. Até Siddhartha teve os seus momentos de recusa e abandono.

14
Abr15

Guerra dos Tronos


vanita

Tenho duas sugestões para os produtores da série:

  • Esqueçam lá a bolinha preta a censurar os nus masculinos. Se vale para os femininos, também vale para os masculinos. 
  • Uma pequena indicação sempre que se muda de local - Kingsland, Mereen, Bravos, Muralha - podia ajudar, sobretudo a quem não leu os livros.

Alguém se lembra da segunda sugestão?

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