Vem antes de eu morrer, ok?
vanita
Foi assim que a minha tia me pediu para a ir visitar aos Estados Unidos. Já era assim que a minha avó, na altura talvez mais nova do que a minha tia é agora, pedia que ela a viesse visitar. Neste caso cá, a Portugal. A vida de emigrante é bem mais difícil do que as estatísticas alguma vez podem tentar explicar. Já há quase vinte anos, quando me despedi desta minha tia, numa visita cá ao burgo, depois de o plano de voltar para sempre a Portugal ter sido abortado, a despedida teve este peso. "É a última vez que te vejo. Agora só se lá fores". E não, a distância não apaga a ligação de sangue. Não se explica, mas aquelas pessoas fazem-nos sempre falta. Como nós a elas.