caixa dos segredos

Estou desiludida com isto dos blogs. Acreditei no poder astronómico da Internet e lancei-me numa cruzada que nunca imaginei que poderia falhar: a estreia do filme "Veronica Mars" nas salas de cinema nacionais. Parece coisinha simples, não é? No fundo, trata-se de uma batalha contra a pirataria, caros senhores. Uma batalha pela cultura cinéfila, eu sei lá que mais. A verdade é que, me encho de vergonha, para dizer que nem dois digitos de vocês se aliaram a esta luta. A petição criada por mim - orgulho de sua mamã - foi um fracasso. E eu que fui atrás de que me quis convencer que os blogs ainda mexem. Nem os blogs nem o cinema. Bah.

É seguir o link. Não dura mais que dois segundos. Divulguem pelos amigos.

Apercebo-me que a inteligência é o valor máximo da sociedade actual. Mais do que a beleza ou a rede de contactos, a verdadeira ilusão de poder pessoal reside na convicção de inteligência que cada acredita que consegue passar aos outros. Todos queremos ser reconhecidos como dotados de raciocínio e capacidade intelectual acima da média. É isso que nos dá verdadeiro prazer. No entanto, cada um de nós tem concepções muito próprias e bastante distintas acerca desse grande valor que é a inteligência, baseados em conceitos enraizados de forma tão poderosa que não são de todo voláteis. E é aqui que reside o problema. Como se mede a inteligência? Pela capacidade de observar o mundo que nos rodeia, estabelecer paralelos e assimilar situações? Pelo número de línguas que se conhece e/ou fala? Pela quantidade de conhecimentos e temas distintos sobre os quais se consegue encetar uma conversa com alguma profundidade? Pela avaliação política e económica, isenta, que se faz de realidades distintas? Pelo número de referências culturais que se consegue debitar? E quer referências devem ser essas? Devem dizer respeito a que período sócio-económico, a que sociedade em particular?

Acho que o sol me faz mal.

A Marília Gabriela rendida ao nosso Afonso Cruz. Estou a rebentar de vaidade. Não nos podemos esquecer que esta senhora fisgou o Reynaldo Gianecchini, com quem foi casada durante sete anos. Nenhuma dúvida quanto ao seu bom gosto e carácter selectivo. Respect.

Janeiro estendeu-se por demasiado tempo e, agora, quando dou por mim, não vi Fevereiro passar e estamos quase a meio de Março. O pior é que Março é o mês da carteira vazia e, quer-me parecer, vai demorar muito até ver Abril por um canudo. É isso e o trabalho. Nem sei para que lado me viro primeiro, com tanto por fazer. O pior, pior, pior é que nada aparece feito sozinho. Nestas alturas tenho uma solução infalível. Antes do tilt, durmo. Costuma resultar. Acordem-me em Junho, ok?