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caixa dos segredos

Bocados de mim embrulhados em palavras encharcadas de emoções. Um demónio à solta, num turbilhão de sensações. Uma menina traída pelas boas intenções.

26
Set13

E agora para algo completamente surpreendente...


vanita

O que é que é melhor nesta coisa do sapo? A caixa de comentários! Surpreendidos? Também eu. Durante anos a lutar contra este mecanismo difícil e de pouca intuição que não me reconhecia nem à lei da bala e me obrigava a tanto exercício antes de dizer um simples ai que acabava por desistir, estou rendida. Porquê? Porque depois de se entrar para o clube - é triste, mas é assim em tudo na vida - as dificuldades são coisa do passado e é-nos dado a conhecer um mundo novo. Não só somos da casa - esqueçam isso de terem de se registar sempre que querem falar com os amigos - como somos avisados de qualquer comentário ou reacção ao nosso blog. É quase maravilhoso. Não é perfeito, que não é, mas anda por lá perto. Ando fascinada com isto. 

25
Set13

Woody, eu dou-te o argumento!


vanita

Então é assim: pegas na Scarlett Johanson - Allen, querido, toda a gente sabe da tua tara, não é preciso teres problemas, está-se bem. Como eu dizia, pegas na Scarlett Johanson e pões a miúda a sair da faculdade e a pesquisar anúncios de emprego. À Scarlett, não stress que não o papel não exige muito, basta ser ela própria. Aliás, exactamente por isso, na cena seguinte, arranjas um Hugh Jackman - alguma coisa que leve as mulheres ao cinema, já sabes quem é que manda lá em casa - e mostras o gajo a contratar a recém-licenciada: é mentira, toda a gente sabe que ela não concluiu sequer as cadeiras do primeiro ano, mas se queres retratar a realidade portuguesa, tem mesmo de ser assim. Senão, não é verosímil. Inventas uma maneira porreira de mostrar a passagem de tempo, vestes a miúda com umas roupas giras, que se veja muito corpo desnudo, mas nada que seja demasiado agressivo e, como tu sabes bem fazer, contas aos telespectadores que aquela relação vai para lá do que é profissionalmente exigido.

 

Ah, estou a esquecer-me de te contar outro pormenor essencial: a Penelope Cruz. Toda a gente sabe que os portugueses são tipos morenos, quase arraçados de americo-latinos, e só a Penelope Cruz é que te enche as medidas para esse tipo de papel. Tiras a miúda de casa, mas deixa-a trazer os filhos atrás. Se vierem com as fraldas agarradas, tanto melhor. Só que, neste caso, trocas a indumentária à actriz. Toda ela terá de se apresentar com pecinhas do grupo Inditex - é espanhol, mas é mesmo assim que se faz em Portugal. Para ser mais real, deveriam ser roupas de lojas chinesas, mas o cinema exige algum glamour. Qual é o papel da Penelope? Pois, a querida é a mulher do Hugh Jackman, bem se vê. O resto, já sabes como é, não vou estar a ensinar a missa ao padre. Não te esqueças é que a Penelope tem de ter um curriculum a sério - não de fachada como o da Scarlett -, tem de estar desempregada mas é imperativo que se perceba que é uma profissional competente e, basicamente, só a podes mostrar confinada às tarefas domésticas. Exagera bastante nessa parte, para mostrares o quão complicado é gerir uma casa com orçamento dos ordenados praticados em Portugal e os subsídios de desemprego.

 

Ainda estás a acompanhar? Pronto. Aproveita essas cenas para mostrares o Castelo dos Mouros, a ponte 25 de Abril e as ruas pitorecas dos bairros típicos de Lisboa. Até podes por a nossa Penelope a passar em frente aos Pastéis de Belém e a admirar a fila de turistas que ali se aglomera. Este pode, apercebo-me agora, ser um dos momentos cruciais para o teu argumento: é aqui que a Penelope assiste à traição. Sim, porque todos sabemos Woody, filme sem traição, não é filme. Menos ainda se contar com a nossa Scarlett no argumento. Soaria a falso. A cena final - completamente out of the blue - mostraria a quase falência da empresa do Hugh, causada por um erro de gestão da pequena Scarlett. Apesar das evidências, todos sorriem e entregam o prémio de funcionária do ano à traidora. Penelope é escorraça e perde o subsídio de desemprego.

 

Não digas que não te dou nada, Allen querido. 

25
Set13

Parabéns, Inês!


vanita

Hoje faz anos a miúda mais empreendedora e surpreendente que conheci nestes meandros da blogoesfera. Se ainda não conhecem a Inês, façam uma visita ao novo blog dela ou aproveitem para perceber quão fantástica pode ser uma pessoa quando mete uma ideia na cabeça, sobretudo se essa ideia for temperada com imensa paixão. Espreitem o vblog e vão perceber do que estou a falar. Parabéns, miúda! 

24
Set13

Bruta com'às portas!


vanita

Tenho um feitio desgraçado, tenho. Quem me conhece, que são praí 80 por cento das pessoas que estão a ler isto, está neste momento a fazer aquela cara: ya, tens e é fodido. Novidades? Pois, novidades propriamente não há. Dá-se apenas o caso de me aperceber que vou fazer 35 anos - a fatídica meia idade que eu não sou cá desses que acreditam que somos jovens até aos 78 - e que nem por isso a coisa acalma. Pisem-me os calos de forma inesperada e dá-me a fúria. Mas não é uma fúria qualquer, eu própria tremo ao recordar e não devo ter metade da percepção de quem assiste. Tornem-me alvo de uma acusação, injusta, infundada ou até com alguma lógica mas que me apanha desprevenida, está tudo estragado. Mas estragado à grande que eu passo logo prós 80. Por mim acaba-se logo ali tudo: sejam casamentos, amizades, contratos de trabalho ou relações cliente-fornecedor. Durante cerca de meia hora - é mais ou menos este o tempo, já me apercebi - ninguém me demove: sou capaz de agarrar nas malas e nunca mais existe qualquer vínculo entre mim e a causa da minha fúria. Feliz ou infelizmente, alguma coisa começa a carburar cá dentro - serão os neurónios? - e acabo por reconhecer - muitas vezes de forma silenciosa, algumas envergonhada - que talvez não se justificasse tanta revolta. É que o problema está nisso: muitas vezes até tenho razão e, com este feitio de drama queen, perco-a pelo caminho. O que me lixa é que eu pensava que, com a idade, se aprendia alguma coisa. Ya, experimentem pisar-me os calos e vão ver o quanto cresci. Uma tristeza.

Uma ressalva apenas para dizer que também sou um amor. Quando percebo que errei, peço desculpa. Faço questão.
24
Set13

Também quero prendas!


vanita

Praticamente todos os dias recebo, no meu local de trabalho, brindes, prendas, ofertas e bugigangas para uma das nossas "clientes" que é autora de um blog. Ora, vamos analisar a coisa com toda a seriedade: eu sou autora de um blog. Porque é que ninguém me manda esses brindes, prendas, ofertas e bugigangas? Vá lá, também quero mimos.

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