Que nome se atribui quando se dá a coincidência de as duas pessoas que mais te dificultam a manhã de segunda terem sido baptizadas com o mesmo conjunto de grafias?
Descobri o que se passa. É esta coisa da obrigação. A convicção pública e de grupo que, para se ser alguém e se fazer ouvir, em 2013 como em 1992, temos que nos expressar em montras socialmente aceites. Agora nos blogs, então no DN Jovem. Lembro-me como se fosse hoje da pressão a que fui sujeita, assim que me atrevi a dizer que o meu sonho era ser jornalista, que nunca o seria se não conseguisse publicar um texto no DN Jovem. Nada me podia enfastiar mais. Nunca o quis fazer, nunca achei piada e nunca o fiz. Nem por isso deixei de ser jornalista. Curioso, não? Da mesma forma, agora, sinto necessidade - desta vez ninguém me tenta convencer, mas estou atenta aos sinais da sociedade - de fazer deste blog o que ele já foi em tempos mas já não é. Se não tenho nada para dizer, se é forçado, se não considero que faça diferença, por que raio sinto que falho por não seguir a onda do momento? Esta coisa de rentabilizar um espaço que é meu e criar credibilidade para um futuro incerto não é comigo. Não o era quando tinha 12 anos, continua a não ser agora que tenho 34 anos. Quem sabe, agora como então, não continuo a ter razão?
E por muito que não concorde com a "festividade" com que alguns, sem dar por isso, abafam a data, não há nada que me irrite mais do que as meninas, mulheres, que enchem o peito para dizer ao mundo que odeiam este dia. Não há pior cego do que aquele que não quer ver.