08
Out11
Lolita, de Vladimir Nabokov
vanita
Perante o horror da violação de uma criança emerge a beleza de uma escrita inebriante que nos transporta para uma realidade que vai para além do moralmente aceitável. Altamente condenável, o relato de Humbert baralha-nos as convenções e nunca nos deixa contra ele. Um escritor que consegue esta proeza tem toda a minha admiração. E sim, continuo acérrima na postura contra a pedofilia. Mas, talvez por isso, não consiga deixar de me surpreender com a magia deste livro.