Existem quatro livros na língua original, oito na tradução para português. A quase 20 euros cada um. E assim, a Saída de Emergência, descobre uma forma de fugir à crise. Quem é que disse que os portugueses não se sabem orientar?
Também gosto da sardinhada de Agosto. Ou dos aniversários da família toda em Novembro. E das desculpas que inventamos para estarmos juntos, que não são poucas. Gosto.
Não me apetece ler nenhum dos livros que tenho cá em casa. Por norma, gosto de best sellers - não é só por serem mais acessíveis em termos de leitura que vendem tanto, garanto - e apetecia-me uma dessas coisas que estão por todo o lado mas às quais ainda não dei a mínima atenção. Podia ser esse tal de George R. R. Martin, lembrei-me, já a imaginar o assalto aos quilos de livros que os meus manos guardam nas prateleiras. De facto, o primeiro volume existe. Repetido, até. Em inglês. Tenho dois exemplares do único livro capaz de me levar para a cama neste momento, e os dois falam estrangeiro. Não podia ser mais simples, pois não?
Nem sempre tenho o conselho certo para dar à hora que ele é exigido. Nem sempre estou bem-disposta o suficiente para abrir as portas da minha intimidade num domingo à tarde. Nem sempre estou sóbria que chegue para perceber que tenho de moderar a forma como revelo o que dizem nas costas de alguém que gosto. Não, não sou perfeita. Sofro por quem gosto, longe ou perto, e preocupo-me com o rumo que as suas vidas toma. Mas não exijo que tenham a palavra certa para mim, que estejam disponíveis quando eu quero ou que me tratem com pinças só porque me apetece. Fico feliz, verdadeiramente feliz, com o que conquistam, o que, descobri da pior maneira, nem sempre é retribuído. E, talvez por isso mesmo, porque me dou por inteiro, me seja atribuída uma margem de manobra tão pequena nos momentos de imperfeição. Porque não sou perfeita e todos são.