caixa dos segredos

"Cuidadinho na estrada", foram as últimas palavras que te dirigi, na passagem-de-ano, antes de deixares o Campo Pequeno em direcção ao Algarve, onde ias actuar às três da manhã. "Está bem", respondeste, com esse sorriso franco, aberto, que te ilumina o rosto.

Depois da lista fabulosa de livros que devorei nos primeiros cinco meses do ano, eis que a média desce drasticamente. Quantos livros li eu em Junho? Zero. Niente. Nada. Nulo. Mas eu volto à carga, prometo que sim.

Há um blog que consta na tabela dos mais vistos em Portugal que é actualizado mais de 50 vezes por dia, com posts pertinentes e em cima de todos os acontecimentos de quem segue aquele que é um fenómeno global em Portugal. Este blog é gerido por duas miúdas com, pasmem, menos de 20 anos! Além de serem óptimas alunas, não tenho dúvidas disso, assumem a responsabilidade de gerir um blog com milhares de visitas diárias e inúmeros comentários, sem deixar escapar as últimas novidades em torno do assunto, faça chuva ou faça sol, tenha o namorado espirrado ou a amiga desatado num pranto porque não cabe nas calças. Sei de umas quantas empresas que ficariam a ganhar se substituem-se alguns dos seus quadros por metade da tenacidade destas miúdas. E ainda há quem diga mal desta nova geração...

Quando se refere à RTP como a Televisão. Um erro de continuidade que, por vezes, também surgia em "Conta-me como Foi". Naqueles tempos, não se falava em RTP. Existia apenas a Televisão.

Quando se ganha fama e popularidade de forma repentina com pouco mais de 20 anos é difícil ter estrutura para aguentar o histerismo e as solicitações ao mesmo tempo que se mantém a balança equilibrada. Os D'zrt, à parte um ou outro momento de vedetismo, são um exemplo. Estes quatro miúdos, que arrastaram [e arrastam] multidões de miúdas em êxtase são, e sempre foram, educados, dedicados e cientes do papel que desempenham. Os quatro. Meninos bons, com um coração de ouro. Com uma postura sem igual na indústria do entretenimento. Foi a impressão que guardei do primeiro contacto que tive com eles e que mantive ao longo dos anos. Que me deixa com o coração mais pequenino neste momento de dor.