Belo termo, hoje recuperado por
fonte do Ministério dos Assuntos Parlamentares em reacção à mais recente polémica instaurada nas cabeças pensantes deste País. Pois que a nação está indignada, revoltada e clama por liberdade de expressão. Pois que Mário Crespo foi ultrajado pela direcção do Jornal de Notícias que se deu ao desplante a questionar o seu artigo de opinião. Um artigo de opinião que não é um artigo de opinião qualquer. O senhor jornalista mete os chefes de Estado ao barulho porque se terão atrevido, durante um almoço, a chamar nomes ao Mário Crespo. Ao Mário Crespo! "Fui descrito como um '
profissional impreparado'", denuncia,
numa crónica que chegou a muito mais gente e causou mais alarido do que se tivesse sido apenas publicada no seu espaço habitual. Pois claro que o senhor jornalista não se deixa ficar e traz à baila os casos de Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz e Marcelo Rebelo de Sousa. Trata-se de uma cabala, não há dúvida. Porque, segundo apurou junto de fonte
fidedigna, tudo o que lhe disseram que tinha sido falado naquele almoço está confirmado. E no que é tudo isto me indigna? Na areia que nos atiram para os olhos. Porque sendo um artigo de opinião, é certo que Mário Crespo é o único responsável. Mas quem, em sã consciência, pode condenar a atitude do director do Jornal de Notícias? Que jornalista, com isenção e rigor, publica um diz-que-disse de ânimo leve, mesmo sendo um artigo de opinião? Pergunto eu, certa de que ainda me falta aprender muito, mas desconfiada destas bandeiras içadas em nome não se sabe bem do quê. E olhem que sou pela liberdade de expressão. Fervorosa, até.