Feinho que só ele! É o meu
novo perfume, um drama finalmente resolvido. Há umas semanas que gastei todas as
gotinhas dos vários perfumes que tinha cá em casa. Mas não me conseguia decidir a renovar o stock porque simplesmente enjoei os que usava e "sofro de um problema grave" - foi assim que me apresentei à senhora da perfumaria, que me olhou com ar de grande preocupação. Basicamente:
não sei escolher perfumes! A funcionária respirou fundo, com ar de "ah, isso resolve-se", e lá me vendeu a banha da cobra quando já me encaminhava com um
coffret bem jeitoso em direcção à caixa registadora. Expliquei-lhe que tinha ficado indecisa entre aquele que levava e o
outro, que durante muitos anos fui viciada num
especial, disse que já tinha usado uma
fragrância mais suave que também gostava e que não me apetecia voltar aos
Hugos desta vida. O problema é que agora queria mudar e não sabia para que lado me virar. Porque isto de cheirar pequenos papelinhos acabados de borrifar tem muito que se lhe diga. Até porque, na pele nunca fica o mesmo cheiro. E foi mesmo por aí que a dita senhora pegou. Pois diz que o
Ph da minha pele não gosta de citrinos nem perfumes florais. Ácido - sabe-se lá onde foi buscar essas tendências! -, o meu
Ph dá-se melhor com perfumes mais fortes, "madeira e
talcos", especificou aquela que, naquele momento, já considerava como a minha melhor amiga. Mostrou-me dois: este da
Burberry - que raio de embalagem tão pouco atractiva é aquela? - e um outro que já não me lembro. E convenceu-me. Das duas só sobra uma: esta mulher está na profissão certa! Só ainda não percebi se porque realmente domina o assunto ou porque tem jeito para nos dar a volta com uma grande pinta. Mas que vende, lá isso vende!