Só hoje me apercebi de todo o amor que sempre tive na minha vida. Perguntaram-me se era filha única. Respondi com outra pergunta: 'Pareço-te mimada? Nunca fui'. Não nesse sentido
estereotipado que se atribui aos filhos únicos. Fui sim, amada. Muito amada. Por toda a minha família, pais, avós, tios, primos. A resposta saiu-me sem pensar. E agora, que o sono tarda em chegar dou-me conta da felicidade que é ter crescido assim, com tão pouco mas com tanto do que é essencial. É o amor que nos sustenta, que nos dá força e coragem para ir à luta. É pelo amor, ou falta dele, que nos definimos como gente. E nesse aspecto não podia ter bases mais sólidas. É por isso que para mim a família está no topo de todas as prioridades. Hoje e sempre. Ah, e não, não sou filha única!