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caixa dos segredos

Bocados de mim embrulhados em palavras encharcadas de emoções. Um demónio à solta, num turbilhão de sensações. Uma menina traída pelas boas intenções.

30
Dez15

Objectivos para 2016


vanita

Sou pouco de listas, mas esta já está idealizada na minha cabeça há uns tempos e talvez o melhor seja dá-la à estampa para que não me desvie do caminho. Em 2016 quero ler:

  • «A Amiga Genial», de Elena Ferrante: uuhh, está na moda e também quero ler. Não é bem por aí, mas quase. A sinopse, as opiniões de quem já leu e o facto de ser um romance de formação convenceram-me. Curioso é que, por norma, este tipo de livro passa totalmente ao lado das críticas, que o descarta com algum desprezo. Romances de formação são livros para adolescentes, nada têm para oferecer. Neste caso, estão todos rendidos. Talvez por causa do mito em torno do autor que ninguém conhece. Quem sabe?
  • «Eu Confesso», Jaume Cabré: Por vezes, leio uma sinopse, peso o volume do livro, sinto as páginas na minha mão e a ligação fica desde logo estabelecida. Raramente me enganei neste juízo e um romance ambientado em Barcelona não tem como me desiludir.
  • «Vai e põe uma sentinela», de Harper Lee: Este sim, será um desapontamento, mas devo-o a mim mesma. «Mataram a Cotovia» é um dos livros da minha vida. Não há como escapar a este produto de marketing mal-intencionado.
  • «Pedro Páramo», de Juan Rulfo: amiga querida pôs-me neste caminho de que já não consigo fugir. Li «Planície em Chamas» e fui fisgada pelo realismo mágico de Juan Rulfo. Este ainda não encontrei, mas será meu assim que lhe deitar mãos. Para me deliciar.
  • «Apenas Miúdos», de Patti Smith: Pois, ainda não li. Devo ser a única pessoa à face da Terra que não o fez. Há que reverter este sacrilégio.
  • «Stoner», de John Williams: Dizia eu que sou a única pessoa à face da Terra que ainda não li Patti Smith? E John Williams? Sou uma herege!
  • «A Sibila», de Agustina Bessa-Luís: Já que se fala em heresias. O livro da Agustina não fazia parte do plano de leitura obrigatório do liceu. Estou a arder no Inferno com tantos pecados. Quero pedir perdão.
28
Abr15

A Morte em Veneza, de Thomas Mann


vanita

image.jpg

Esta capa é linda, admirem lá!

 

Despertei a vontade de ler este livro por causa de um filme com a Marion Cottilard que nada tinha que ver com a trama de Thomas Mann. Apenas foi referido por uma personagem e cativou-me. Bastou uma das incontáveis promoções da Fnac e, em menos de nada, já o tinha em mãos para devorar. É mínimo, com pouco mais de 100 páginas e com esta capa fabulosa. Mas, vamos ao que interessa, e a história?


Ora bem, todos sabemos que isto da beleza é altamente subjectivo. Mas, quantos de nós não ficaram já - talvez algures no passado - fascinados com a ideia de Veneza? Uma cidade italiana feita de canais é quase imbatível no que diz respeito a cenários para deixar a mente deambular. Agora imaginem que a escrita de Thomas Mann, estranhamente, vos leva ao colo, com a destreza de um ser invisível, e vos faz viajar pela angústia que tudo o que é belo nos provoca. Deixem-se enlevar no feitiço com que a perfeição nos encanta e vistam a pele de um velho às portas da morte, deliciado com a êxtase da beleza efémera. É isto "A Morte em Veneza".

Há quem veja este livro como a descrição de uma relação homossexual platónica. Eu acredito que é tudo menos isso. Para mim, Thomas Mann reflecte sobre o encanto da juventude - a passageira juventude - nos últimos momentos de vida de um velho que nunca pensou algum dia ver-se encerrado num corpo flácido e idoso. A beleza da cidade contrasta com o cheiro putrefacto da doença, numa alusão à história que une estes dois seres. Lê-se num piscar de olhos mas fica para sempre. Recomendo.  

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